RESUMO: Nos últimos anos, o Brasil tem incentivado o cultivo de pecãs para atender a demanda do mercado nacional e internacional de
nozes. Novas variedades genéticas de pecãs foram selecionadas nos últimos anos, mas informações científicas disponíveis sobre a ocorrência
de fungos e aflatoxinas na literatura internacional estão desatualizadas. Portanto, o presente estudo objetivou quantificar e identificar a
microbiota fúngica e a presença de aflatoxinas em nozes cultivadas no sul do Brasil. Cinquenta e dois lotes de nozes (variedade Barton) foram
obtidos de produtores de 19 municípios do Estado do Rio Grande do Sul e analisados por meio de Ágar Dicloran Glicerol 18% (DG18) e
Aspergillus Flavus e Parasiticus Agar (AFPA), após incubação em 25 °C durante 7 dias. Análises de aflatoxinas foram realizadas usando
HPLC acoplado a um espectrômetro de massa. Os resultados revelaram pelo menos 10 gêneros diferentes de fungos. Aspergillus, Penicillium,
Fusarium e Cladosporium foram predominantes. Espécies xerofílicas de Aspergillus (A. wentii, A. ruber, A. pseudoglaucus e A. chevalieri)
foram comumente encontradas nas amostras. Nenhuma espécie potencial produtora de aflatoxinas foi isolada e nenhuma aflatoxina foi
detectada (LOQ=1 μg/kg e LOD=0,1 μg/kg para AFB1 e AFB2; e 0,3 μg/kg para AFG1 e AFG2) nas amostras avaliadas. A ausência desse
grupo carcinogênico de micotoxinas é altamente positiva e pode impulsionar os investimentos no setor, além de estimular a comercialização
e o consumo dessa variedade de nozes.
Você pode acessar o artigo completo no link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782019000600752&lang=en
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