segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

03) Download: Noz-pecã, a rainha dos frutos secos




Em outubro de 2017 foi publicada uma reportagem na revista Campo & Negócio intitulada "Noz-pecã: a rainha dos frutos secos". 


Você pode fazer o download da publicação no link: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/handle/doc/1078276

02) Download: Como plantar noz-pecã




Em abril de 2018 foi publicada uma reportagem na revista Globo Rural intitulada "Como plantar noz-pecã". No material são abordados diferentes aspectos técnicos da cultura da nogueira-pecã. 

Você pode fazer o download da publicação no link: https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-plantar/noticia/2018/04/como-plantar-noz-peca.html

Notícia 01) Primeira venda de noz-pecã argentina para o Brasil


Em julho de 2018, através da publicação no Diário Oficial da União, da Instrução Normativa nº 22 de 24 de Julho de 2018, o governo brasileiro determinou os requisitos fitossanitários para a importação de noz-pecã (Carya illinoinensis) produzida na Argentina. Aproveitando a demanda do mercado brasileiro por pecã, agora em 2018, produtores argentinos realizaram a primeira venda de noz-pecã com casca, num total de 17,5 toneladas. 
A expectativa dos pecanicultores argentinos é de aumentar a quantia exportada, de 280 a 300 toneladas em 2018, para 450 a 500 toneladas em 2019. Os principais destinos das vendas serão China, Brasil, Itália, entre outros. 



02) Estatística: quantidade produzida de noz-pecã no Brasil (2016)

Conforme informações disponíveis no site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2016, houve colheita de noz-pecã no Brasil efetivou-se em três estados brasileiros, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná (Figura abaixo). Perceba que no referido ano, no estado de Santa Catarina os dados do IBGE não registram que houve colheita nesse estado, porém, isso está incorreto. Cito o exemplo de um produtor no município de Palmitos (SC), o qual possui 2 hectares, e colhe anualmente mais de 2 toneladas/ha.



No ano de 2016, o estado do Rio Grande do Sul foi responsável por 41% da produção de noz-pecã no Brasil, num total de 2.262 toneladas. O estado do Paraná representou 35% (1.929 toneladas). O estado de São Paulo não faz parte da Região Sul, mas registrou-se colheita também, totalizando 23% (1.262 toneladas) do volume produzido no país. 

01) Estatística: área colhida de noz-pecã no Brasil (2016)

Conforme informações disponíveis no site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2016, a área colhida de noz-pecã no Brasil efetivou-se em três estados brasileiros, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná (Figura abaixo). Perceba que no referido ano, no estado de SC os dados do IBGE não registram que houve colheita nesse estado, porém, isso está incorreto. Cito o exemplo de um produtor no município de Palmitos (SC), o qual possui 2 hectares, e colhe anualmente mais de 2 toneladas/ha.


No ano de 2016, o estado do Rio Grande do Sul foi responsável por 61% da área colhida de noz-pecã no Brasil, num total de 2.135 hectares. O Paraná 14%. Apesar de não fazer parte da Região Sul, o estado de São Paulo também registrou áreas colhidas com noz-pecã em 2016, representado 24% (840 ha) do total do país, no referido ano. 


Carya illinoinensis ou Carya illinoensis, qual o correto?

        O primeiro nome científico conferido à nogueira-pecã foi elaborado por Richard Weston, em 1775, Juglans illinea (STUCKEY; KYLE, 1925). Posteriormente, Humphrey Marshall em 1785 alterou a nomenclatura para Juglans pecan, porém, em 1787 Julios Von Wangenheim renomeou a espécie como Juglans illinoinensis, denominação esta adotada por alguns anos (STUCKEY; KYLE, 1925). No decorrer da década de 1790 o botânico Karl Koch realizou estudos e transferiu a espécie em questão do gênero Juglans para gênero Carya e alterando o nome illinoinensis para illinoensis (STUCKEY; KYLE, 1925). Essa mudança é atribuída como um erro de grafia do botânico (WELLS, 2017).
        Em 1985 o Crop Advisory Committee for Pecans and Hickories edita um manual onde há a recomendação para utilização da grafia C. illinoensis. Em 1986 submete-se ao Standing Committee for Stabilization of Nomenclature, no XIVth International Botanical Congress, em Berlin (Alemanha) a sugestão de grafia Carya illinoensis (Wangenheim) K. Koch, cuja proposta foi rejeitada (WELLS, 2017). Finalmente, em 1988 o Standing Committee for Stabilization of Nomenclature comunica a comunidade cientifica através do National Pecan Research-Extension Meeting (New Orleans, Jan) a grafia cientifica correta para a espécie: Carya illinoinensis (Wangenh) K. Koch (GRAUKE, 1991), oficialmente utilizada na literatura científica até o presente ano.

Referências bibliográficas
GRAUKE, L. J. Appropriate Name for Pecan. HortScience, v. 26, n.11, p. 1358, november 1991.
STUCKEY, H. P.; KYLE, E. J. Pecan Growing. The Rural Science Series. The Macmillian Company, New York, 1925. 286p.
WELLS, L. Pecan. America’s Native Nut tree. University of Alabama Press. 2017. 264p.

Nogueira-pecã | nogueira pecã | nogueira-pecan ou nogueira pecan. Qual o correto?

           Determinar a grafia correta do nome comum da espécie Carya illinoinensis, na língua português torna-se necessário pois a expansão das pesquisas com esta fruteira demanda uma orientação correta para padronizar a grafia do termo, o que facilitará a comunicação científica. Na língua inglesa a grafia é pecan. Já no português observa-se que há uma série de grafias que vêm sendo utilizada em meios de comunicação científico e popular:
- Nogueira-pecã.
- Nogueira pecã.
- Nogueira-pecan.
- Nogueira pecan.
A Academia Brasileira de Letras[1] possui um banco de dados atualizado, com mais de 381.000 verbetes da língua portuguesa, onde a espécie Carya illinoinensis está registrada com a grafia “Nogueira-pecã”. Haja visto o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, na Base XV, pg. 24 do documento consta:

“Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve- -flor, erva-doce, feijão-verde; bênção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-quer (nome de planta que também se dá à margarida e ao malmequer); andorinha-grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d’água, lesma-de- -conchinha; bem-te-vi (nome de um pássaro).”

Observando as informações citadas anteriormente pode-se concluir que a grafia mais adequada para o nome comum da espécie Carya illinoinensis, na língua portuguesa é “Nogueira-pecã”.  

01) Filoxera

A Filoxera, cujo nome científico é Phylloxera notabillis, é um pulgão que ataca as folhas da nogueira-pecã. Esta é uma praga difundida nos cultivos comerciais do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e em outros países (Argentina e Uruguai). Apesar da circulação de informações entre viveiristas e pecanicultores de que a Filoxera não ataca plantas enxertadas, saiba que isso não é verdade. Este pulgão ocorre com mais frequência em plantas produzidas a partir de sementes (não enxertadas) mas é muito comum parasitar também plantas enxertadas (e todas as cultivares, como Barton, Imperial, Success, Desirable, etc.).






Os sintomas do ataque da Filoxera são facilmente observados nos folíolos. Há formação de pequenas galhas (bolinhas) e dentro destas encontram-se os insetos.

domingo, 30 de dezembro de 2018

01) Doenças (Sarna, sintomas nos folíolos)

A principal doença da nogueira-pecã no Brasil e em outros países que à cultivam comercialmente (Estados Unidos, Argentina) é a Sarna, causada pelo fungo Venturia effusa. O patógeno ataca as nozes, ramos, pecíolo e principalmente os folíolos. As lesões nas folhas são fáceis de reconhecer pois manchas arredondadas, adquirem uma coloração verde-oliva e posteriormente necrosam e tornam-se escuras. Veja na foto abaixo os sintomas causados pelo fungo em folíolos de nogueira-pecã.

sábado, 29 de dezembro de 2018

01) Deficiência de níquel

Apesar do pouco enfoque que se dá ao níquel em cultivos de nogueira-pecã, este é um elemento extremamente importante para a planta e quando o teor está baixo, há comprometimento do crescimento e desenvolvimento das mudas ou até mesmo plantas com dois ou três anos. A deficiência deste elemento ocorre normalmente em mudas, logo no início do ciclo, após a brotação (setembro/outubro).Os folíolos adquirem uma forma arredondada e ocorre necrose na borda deles. Em casos mais severos, se a deficiência não for corrigida, há desfolha da planta e em extrema situação, morte da muda.
 


01) Deficiência de zinco

A nogueira-pecã é extremamente exigente em zinco, tanto as mudas como plantas adultas. É comum ocorrer a deficiência nutricional deste elemento mesmo em pomares do RS, mesmo onde o teor de Zn no solo é igual ou superior a 0,5 mg/dm³. Visualmente é muito fácil de identificar os sintomas dessa deficiência porque a brotação adquire um hábito de crescimento em forma de roseta (entre-nós ficam mais curtos), foto ao lado. Já as as nervuras ficam um pouco mais verdes. As bordas dos folíolos tornam-se ondulados e entre as nervuras passa-se a ter uma coloração amarelada. Já as as nervuras ficam um pouco mais verdes. O teor foliar de Zn deve estar entre 50 e 100 mg/Kg, na planta ao lado o teor deste elemento era de 22 mg/Kg.








sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

01) Download: Situação e perspectivas da nogueira-pecã no Brasil


Em dezembro de 2018 tivemos a grata satisfação de publicar um estudo, em parceria com a Embrapa Clima Temperado, intitulado "Situação e perspectivas da nogueira-pecã no Brasil".
A publicação representa um esforço onde organizou-se informações, as quais foram apresentadas no decorrer da obra, onde abordamos a evolução da cultura nos últimos tempos, evidenciando e discutindo alguns gargalos produtivos, bem como apontando alguns desafios e oportunidades que se configuram na produção de noz-pecã, especialmente na região Sul.
Você pode fazer o download da publicação no link: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1100226/situacao-e-perspectiva-da-nogueira-peca-no-brasil




A publicação possui 33 páginas, com fotos, gráficos e tabelas. Os temas abordados foram:
- Cultivo da nogueira-pecã no mundo.
- Comércio internacional e brasileiro de noz-pecã.
- Consumo mundial de noz-pecã e demais nozes (frutos secos).
- Noz-pecã no Brasil.
Boa leitura!

01) Danos causados pelo vento




Nos últimos dias ocorreram no RS alguns temporais, com chuva e ventos fortes. Há locais que foram mais atingidos e alguns pomares de nogueira-pecã acabaram sendo prejudicados pelas fortes rajadas de vento, principalmente aqueles com menos de três anos. Na foto ao lado, a nogueira possui um ano e está no segundo ciclo. Mesmo o tronco tendo um diâmetro considerável, o líder-central acabou quebrando. 









Perceba que logo abaixo do local da quebra há o "espaguete", material feito em PVC, muito utilizado para amarração de nogueira-peã e outras frutíferas. A quebra do ramo não ocorreu necessariamente porque este estava amarrado, mas porque o local da amarração não foi adequado, nesse caso, foi feito muito baixo. Isso permitiu que a região apical do ramo/muda ficasse solto e com a força do vento, balançou para os lados e a amarração acabou sendo o ponto onde formou-se uma "alavanca", causando a quebra do líder-central. Quando o ramo é muito vigoroso e comprido, mais de uma amarração deve ser feita, assim não ocorrerá este tipo de dano.



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01) Poda verde


Como o crescimento da nogueira-pecã é muito rápido durante a primavera/verão, a poda verde é uma prática que deve ser realizado uma ou mais vezes no ciclo. Veja na foto ao lado que a muda brotou muito bem em setembro e o crescimento foi consideravelmente vigoroso, porém, a planta/brotação não recebeu nenhuma poda verde para direcionar o crescimento.

Perceba que há dois ramos, o que dificultará a condução da planta em forma de líder central. Há também gemas brotadas no ramo apical, o que limita o crescimento desse ramo, considerado o líder central. Esse crescimento diminuto (entre-nós curtos) ocorreu porque houve um período com pouca chuva e alta temperatura, reduzindo assim o crescimento e tornando os entre-nós mais próximos. 




Nesse caso, a poda é fácil e rápida de ser realizada. Optei por remover o ramo mais baixo (pois sua angulação não permite que este seja o líder central) e podei as brotações que se originaram das gemas do ramo apical. Com essa poda há direcionamento dos fotoassimilados e haverá um maior crescimento desde ramo até o final do ciclo.